(des)
alinhamento
o projeto
(des)alinhamento
PROJETO DESENVOLVIDO PARA COMBATER A DESINFORMAÇÃO EM RELAÇÃO À DEPRESSÃO DE UMA FORMA DINÂMICA E INTUITIVA ENTRE OS JOVENS E TODOS AQUELES QUE CONVIVEM COM ESTA FAIXA-ETÁRIA (DES)ALINHADA DIARIAMENTE.
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o que e?
depressao
comunidade
Perturbação mental comum, caraCterizada pela falta de vontade e interesse em realizar atividades do dia a dia, sentimentos de tristeza, irritabilidade e sensação de vazio.
Tristeza
Sintomas
Físicos
Lentidão
Constante
Cansaço
Sentimento
de Aflição
Autodesvalorização
Perturbações
Sociais
Sentimento
de Irritabilidade
ninguém está sozinho, procura ajuda
SNS 24 - Centro de Contacto do Serviço Nacional de Saúde
Marca já a tua consulta em
ou em lusíadas.pt
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memoria
(des)alinhamento
GRÉCIA ANTIGA
RELACIONADA A DESEQUILÍBRIOS NOS FLUIDOS CORPORAIS.
Século XIX
A MENTE E AS CONDIÇÕES MENTAIS PASSARAM A SER VISTAS SOB UMA PERSPETIVA PSICOLÓGICA E PSICANALISTA.
A PSIQUITRIA COMEÇOU A DESENVOLVER-SE COMO UMA DISCIPLINA.
o TERMO “MELANCOLIA” ERA UTILIZADO PARA DESCREVER ESTADOS DEPRESSIVOS.
Idade Média
ASSOCIADA A interpretações religiosas.
Século xx
A descoberta dos antidepressivos marcou uma revolução no tratamento da depressão.
RENASCIMENTO
APESAR DO CRESCENTE FOCO NA OBSERVAÇÃO CIENTÍFICA, A DEPRESSÃO CONTINUAVA A FIXAR-SE EM conceitos filosóficos e espirituais.
Século xxi
A COMPREENSÃO DA DEPRESSÃO CONTINOU A EVOLUIR, FOCANDO-SE NOS FATORES BIOLÓGICOS, PSICOLÓGICOS E SOCIAIS.
A tERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL (TCC) E OUTRAS FORMAS DE PSICOTERAPIA TAMBÉM COMEÇARAM A SER UTILIZADAS PARA TRATAR A DOENÇA.
Século XVIII
Durante O ILUMINISMO, A SAÚDE MENTAL PASSOU A ser vista ATRAVÉS DE UMA ABORDAGEM MAIS CIENTÍFICA.
a causa da depressão FOI ATRIBUÍDA a desequilíbrios químicos.
Consciencialização
esforço global para combater o estigma ligado à depressão.
notícia em formato fact-checking
termómetro (des)alinhado
metodologia
Com o propósito de avaliar, questionar e precisar qual a credibilidade e/ou a veracidade das informações disponíveis em conteúdos noticiosos e/ou em factos difundidos nos media sociais acerca de uma perturbação mental muito comum, a depressão, o “termómetro” de Fact-Checking serve de método para ajudar o público do (Des)Alinhamento a compreender e adotar uma visão clara entre informações precisas e corretas, e aquelas que poderão ser falaciosas. O Termómetro (Des)Alinhado pretende elucidar e educar o público-alvo definido de modo a criar uma comunidade informada no seu site e, assim, expandir o papel do projeto nas vidas de quem se encontra, ou não, (Des)Alinhado. Além disso, outro dos objetivos é não perpetuar a desinformação.
A equipa do (Des)Alinhamento está alerta e presente nas redes sociais, e tem conhecimento do que é “trend”. Assim sendo, com base no curso de Ciências da Comunicação, a equipa vem, portanto, as autoras têm conhecimento jornalístico para atuar na verificação de notícias e conteúdo publicado. Dado que o TikTok (António Mendes 2023) é a rede social mais utilizada pelo público-alvo do projeto (18 aos 35 anos) e um meio digital bastante conhecido por desinformar os seus utilizadores, o (Des)Alinhamento decidiu focar-se nesta plataforma.
Posto isto, o processo de Fact-Checking passa por quatro passos, entre os quais: a recolha (momento em que se retira o conteúdo escolhido), a análise (onde se compreende se o tema é conveniente e em que medida), a checagem (qual a gravidade de que se trata) e, por fim, a etiquetagem (de acordo com tudo feito anteriormente, dá-se o nome à que melhor se adapta). Durante todo o procedimento, o Termómetro (Des)Alinhado tem em conta informações difundidas nos órgãos de comunicação social, bem como, em documentos oficiais, declarações de profissionais da área da saúde mental e artigos científicos.
Passos a serem cumpridos para a
Checagem de Informação
Consultar fontes oficiais confiáveis, documentos, dados estatísticos, registos públicos, vídeos, fotografias, entre outros.
Analisar o contexto.
Examinar evidências presentes em várias fontes para apoiar ou refutar a informação em questão.
Com base na análise das informações, emitir uma conclusão sobre a veracidade da afirmação.
1.
Selecionar uma afirmação ou conteúdo para serem verificados.
2.
Recolher informações sobre as declarações em questão.
3.
4.
5.
6.
etiquetas
A equipa do (Des)Alinhamento desenvolveu quatro etiquetas, onde avalia a credibilidade das informações e conteúdos, que serão analisados pelo Termómetro (Des)Alinhado. A veracidade dos factos é definida pela temperatura marcada no termómetro e pela sua cor.
Termómetro
(DES)
ALINHADO
DESALINHADO É FAVOR
MAIS PARA LÁ DO QUE PARA CÁ
POR UM TRIZ
COMPLETAMENTE ALINHADO
Note-se que o esquema acima utilizado está dividido em quatro tons de azul distintos: sendo que o azul mais escuro corresponde ao menor nível de credibilidade da notícia e o mais claro, ao nível de credibilidade da notícia mais factual.
COMPLETAMENTE ALINHADO
O termómetro com a etiqueta “Completamente Alinhado” significa que a informação noticiada é verdadeira.
POR UM TRIZ
O termómetro com a etiqueta “Por um Triz” significa que as informações apresentadas não são completamente verdadeiras. Desse modo, não é possível determinar a veracidade do conteúdo na sua totalidade.
MAIS PARA LÁ DO QUE PARA CÁ
DESALINHADO É FAVOR
O termómetro com a etiqueta “Mais Para Lá do que Para Cá” significa que a informação partilhada apresenta mais dados falsos do que verdadeiros, o que torna o seu conteúdo duvidoso.
O termómetro com a etiqueta “Desalinhado é Favor” significa que a informação apresentada está completamente incorreta e, por isso, é falsa.
Importância da
Contextualização do Tema
A depressão ainda é um assunto tabu na sociedade, por isso, é preciso combater o estigma que existe sobre esta doença do foro psicológico. Deste modo, é comum a falta de informação sobre o tema e o fenómeno de desinformação que incide em relação ao mesmo.
Embora proporcionem acesso rápido a informações, as plataformas digitais também podem ser fontes de desinformação. É crucial promover a literacia para discutir questões relacionadas com a saúde mental online, de forma a promover uma consciencialização sobre o assunto. É importante salientar que, por isto , as informações difundidas nas redes sociais podem não ser totalmente falsas, porém, estão incorretas no contexto em que são ditas. Ao abordar a depressão de maneira contextualizada, é possível ter uma compreensão mais profunda em relação à importância e ao cuidado a ter com esta condição, como a identificação precoce de sintomas e a procura de ajuda profissional.
análise de conteúdo
“TikToker” portuguesa gera polémica sobre a depressão
A influencer portuguesa Alice Santos comentou o tema da depressão na sua página do TikTok, em 2022. O vídeo causou discórdia, uma vez que o público não concordou com a opinião da jovem.
Fonte: TVI
Legenda: Alice Santos conta com mais de 63 mil de seguidores nas redes sociais onde estimula os jovens portugueses a adotar um estilo de vida saúdavel
Alice Santos, influencer no TikTok e ex-concorrente do programa “O Triângulo”, é conhecida pelas suas opiniões de estilo de vida saudável. No dia 26 de dezembro de 2022, gerou controvérsia nas redes sociais, após partilhar a sua opinião sobre o uso de antidepressivos e ansiolíticos.
Em resposta à questão de uma seguidora, a jovem afirma que os antidepressivos são prejudiciais para a saúde, “(...) Eu acho que não há nada melhor do que exercitar, ter uma boa nutrição e apanhar sol. Isso é o melhor antidepressivo que alguém pode tomar. E mais uma vez, como foi o caso da pílula que eu também respondi, acho que nem devia ser permitido andar aí a recomendar antidepressivos. Antidepressivos ainda fazem pior, mas pronto”.
Segundo um estudo realizado pela CUF , os antidepressivos são os medicamentos mais utilizados para o tratamento da depressão, embora sejam mais indicados para depressões moderadas e severas. São fármacos que reduzem os sintomas da doença, como a tristeza, a angústia, a falta de energia, de concentração e de interesse, as alterações de sono e de apetite e a normalização do humor. A acrescentar, os mesmos não criam dependência, pois não fazem efeito quando o estado de humor se encontra normal. No entanto, podem não ser eficazes quando existem vicíos associados como a compulsão alimentar, o alcoolismo e abuso de substâncias psicotrópicas que podem ter efeitos secundários.
De seguida, Alice acrescentou, “E o que deves fazer primeiro de tudo é focares-te na tua nutrição e naquilo que estás a consumir. Isso é provavelmente the number one reason why people have depressions”. De acordo com a revista sobre Alimentação e Depressão publicada, em 2017 , pela Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação , da Universidade do Porto , “Nutrimentos como o magnésio, zinco, vitamina B6, B12 e D parecem diminuir o risco de depressão, o que não foi possível concluir com a vitamina B9. Já a ingestão de alimentos com índice glicémico elevado parece aumentar o risco da doença. Por sua vez, um maior consumo de triptofano (fator vital para a produção neurotransmissores no nosso organismo, incluindo a serotonina, melatonina e niacina - vitamina B3)
parece estar associado a um menor risco de depressão”.
A influencer também referiu que o uso excessivo do telemóvel impacta negativamente a saúde mental de cada um, “Se estás a consumir demasiado social media, também é normal que te sintas mal”. Embora os telemóveis proporcionem uma conexão virtual, o uso excessivo pode levar ao isolamento social do mundo real. Segundo o Dr. Yuri Busin , Psicólogo, Mestre e Doutor em Neurociência Cognitiva, a comparação constante com os outros nas redes sociais, a exposição à luz emitida pelos telemóveis, o cyberbullying, entre outros fatores, podem desencadear ou agravar a doença. Porém, também destaca que a relação entre o uso do telemóvel e a depressão não é linear e os resultados podem variar de pessoa para pessoa. Fatores como a genética, acontecimentos de vida adversos, o consumo de álcool e o uso de drogas, também desempenham um papel importante no desenvolvimento da depressão.
Por último, Alice Santos concluiu ao dizer que a atividade física pode ser uma componente importante no tratamento da depressão, “(...) Eu acho que é o melhor antidepressivo de sempre. Se não se sentem bem psicologicamente basta irem lá fora, correrem, andarem, apanharem ar, exercitarem, fazerem abdominais que vão sentir-se logo bem (...)”. De facto, há uma variedade de benefícios associados à prática regular de atividade física que podem ter impacto positivo na saúde mental. De acordo com a Revista Arco - Jornalismo Científico e Cultural, “Ao praticarmos exercício físico, o corpo reage com a libertação de uma série de neurotrofinas, família de proteínas que promovem a sobrevivência e o desenvolvimento dos neurônios. As neurotrofinas recuperam neurónios danificados e estimulam o crescimento de novos, promovendo a saúde cerebral”. No entanto, é importante referir que o exercício físico não substitui tratamentos médicos, “Apesar de ser uma ferramenta importante, tanto no tratamento quanto na prevenção de quadros depressivos, o exercício, sozinho, muitas vezes não é capaz de impedir o desenvolvimento do transtorno mental. No tratamento para depressão, os métodos que costumam ser utilizados são: a psicoterapia, que trata das questões emocionais a partir do diálogo entre o profissional e o paciente e o uso de medicamentos antidepressivos que atuam na regulação dos neurotransmissores, a partir de prescrição médica”, explicam.
Posto isto, será que é possível confirmar que a boa alimentação, a prática de exercício físico, a gestão adequada do uso de tecnologia e evitar tomar antidepressivos, contribuem e são suficientes para combater a depressão?
O Termómetro (Des)Alinhado analisou as declarações dadas por Alice Santos e concluiu: embora a jovem defenda a importância dos fatores mencionados para o bem estar mental, é importante reconhecer a complexidade da depressão. O uso de antidepressivos, como indicado por estudos da CUF, são uma ferramenta válida para muitas pessoas. No entanto, o tratamento da depressão não deve ser abordado de maneira única e, fatores como a nutrição, o exercício e a gestão do uso de tecnologia podem, também, desempenhar papéis complementares. Além disso, é fundamental referir que a saúde mental é uma questão individual e complexa, que varia de pessoa para pessoa.
MAIS PARA LÁ DO QUE PARA CÁ
O Termómetro (Des)Alinhado considera que a etiqueta “Mais Para Lá do que Para Cá” é a mais adequada para este contexto. As declarações feitas por Alice Santos não estão totalmente incorretas, no sentido em que todas as medidas que mencionou servem efetivamente para prevenir e ajudar a depressão e a saúde mental, no geral. No entanto, a influencer disseminou informações falsas sobre o uso de antidepressivos. É crucial reconhecer que a saúde mental é uma questão complexa e a generalização pode levar ao aumento do estigma sobre a doença, visto que o seu tratamento varia de pessoa para pessoa, dependendo do estado da depressão. Embora a opinião da jovem não seja inválida, o Termómetro sugere que este conteúdo seja uma fonte de desinformação.
referências bibliográgicas
Cuf. (2022). Já ouviu falar da depressão sazonal?. https://www.cuf.pt/mais-saude/ja-ouviu-falar-de-depressao-sazonal
Cuf. (2023). Antidepressivos: para que servem e como atuam. https://www.cuf.pt/mais-saude/antidepressivos-para-que-servem-e-como-atuam
Dr. Yuri Busin. (2023). Yuri Busin.
https://yuribusin.com.br/
Medley. (2023). Como o uso das redes sociais e tecnologia influênciam na depressão. https://www.medley.com.br/saude-e-bem-estar/saude-mental/artigos/como-a-tecnologia-influencia-na-depressao
Senra, R. C. I. (2017). Alimentação e Depressão. Universidade do Porto
Souza, C. (2022). Depressão e exercício físico: mente e corpo em conexão. Revista Arco. https://www.ufsm.br/midias/arco/depressao-exercicio-mente-corpo-conexao
“(a depressão) afetou no sentido de induzir a relações mais tensas, já me levou ao isolamento, e a conversas com tons mais pesados, o que acaba por afastar algumas pessoas que se calhar seriam boas influências e atrai pessoas em situações semelhantes, piorando o meu estado”
-maria, 47
“Foi durante o covid, não me tive que relacionar muito com ninguém. Mas em casa andava triste constantemente. Os meus pais apoiaram-me muito.”
-Ana, 26
“Não tinha vontade de fazer nada e coisas como estudar custavam bastante. Stressava muito com tudo e achava que fazia tudo mal.”
-joão 18
*Testemunhos reais obtidos através de um formulário (des)alinhamento e dados pessoais fictícios
videocast
(Des)Alinhamento com Carolina Portugal - Episódio 1
ESCALA DE INTENSIDADE
QUANTO MAIS ESCURO O AZUL QUE ESCOLHERES, MAIS INTENSO SERÁ O TEU NÍVEL DE DEPRESSÃO.
chat de apoio
playlist
PORQUE O TEU alinhamento ESTÁ NA BANDA SONORA QUE ESCOLHES!
equipa
“Nós estamos aqui para te apoiar na tua caminhada contra a depressão. Fornecemos informações relevantes, histórias de esperança e recursos para que saibas que nunca estás sozinho."
-Madalena Trindade, Margarida Oliveira, Marta Coelho, Matilde Silva, Teresa B Reis e Vitória Vieira
somos muito
mais do que uma
campanha digital,
somos o teu
alinhamento!
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